Core training no treinamento funcional

Em algumas literaturas core training é considerado um sinônimo de treinamento funcional, particularmente eu acredito que há semelhanças entre core training e treinamento funcional, mas
existe diferenças em sua aplicação e adequação o que os torna métodos diferentes.
  
Em inglês a palavra core significa núcleo, e core training, pode ser traduzido como treinamento do core. Podemos tratar um paralelo entre o core e o conceito de powerhouse do método pilates.

Core é uma palavra cada vez mais comum, muitos associam ela apenas ao abdômen. Para Verstegen (2006) core é tronco como um todo, dos quadris até os ombros.  E segundo Monteiro & Evangelista (2010), o core também pode ser identificado como complexo lombo-pélvico, no qual se insere 29 músculos.

Podemos dividir o core em três regiões (MONTEIRO & EVANGELISTA 2010):
-Abdômen: Reto abdominal, obliquo externo, obliquo interno e transverso do abdômen
-Coluna lombar: Grupo dos transversos espinhais (rotadores, interespinhais, intertransversais, semiespinhais e multífido), eretores da coluna, quadrado lombar, grande dorsal.
-Quadril: Glúteo máximo, glúteo médio, iliopsoas e isquiotibiais.




Mas é a importância de se treinar o core?
O core coincide com o centro de gravidade do corpo, isso é importante pois todos os movimentos se iniciam com a estabilização do corpo. O treinamento dessa região também diminui as forças compressivas sobre a coluna.

E qual a diferença de entre treinar o core e o treinamento funcional?
Enquanto o treinamento funcional trabalha com padrões de movimentos através de cadeias musculares, o core training é bem mais especifico e se concentra unicamente na região central do corpo. Eu utilizo o treinamento do core em mesociclos introdutórios ou de transição. Isso quer dizer que o core training pode fazer parte de uma periodização em treinamento funcional, mas o contrário não é verdadeiro.  Pois algumas pessoas podem ter o core fortalecido e não necessitar de exercicios específicos para essa região.
Vejo muitos casos de treinos que são chamados de funcionais, mas são só exercícios para o core, para ser funcional precisamos ter uma avaliação que detecte essa necessidade.

Alguns estudos apontam que exercícios de levantamentos básico (supino, agachamento e levantamento terra) e os levantamentos olímpicos (arranco e arremesso), produzem aumento de força no core mesmo sem ser específicos para ele. Isso colabora com a informação que nem todo mundo precisa ficar treinando especificamente o core. Alias já ouvi relatos de preparadores físico que deram muito importância para o core e esqueceram  de outras capacidade físicas como resistência e flexibilidade, que levaram o atleta a perder rendimento.
O core training é importante, mas nem por isso precisamos trabalhar com ele em todas as seções de treinamento.


Até a próxima
Treine FUNcionalmente!

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